quarta-feira, 29 de outubro de 2008

- Recolha um cão na rua, dê-lhe de comer e ele não lhe morderá: eis a diferença fundamental entre o cão e o homem ! (Samuel Langhorne Clemens, mais conhecido por seu pseudónimo, MARK TWAIN, 1835/1910, foi um famoso escritor, humorista e romancista dos EUA. Foi ainda aprendiz de tipógrafo, piloto no Mississípi, garimpeiro na corrida ao ouro, jornalista globe-trotter antes de ser escritor a tempo inteiro).

MUDEMOS de TERRA !!!

.O presidente e conselheiro delegado da Fundação XPrize, que tem uma "irreprovável cara de pessoa normal e corriqueira, é diplomado em genética molecular e engenharia espacial, o que é menos normal e menos corrente.

O sábio acaba de vislumbrar para a Humanidade um porvir encantador, mas desgraçadamente fora do planeta Terra. "

"O homem desenvolver-se-á no espaço !", disse.

Como em casa de um qualquer ou em nenhuma parte, mas a verdade é que aqui as coisas estão a pôr-se muito difíceis.

Há talibãs por todos os lados, alguns impecavelmente vestidos para toda a semana.

Triunfam os três maiores inimigos dos terrícolas:
- a crueldade,
- a ignorância e
- a miséria, que pelo que me parecem, são imbatíveis.

Os sucessivos deuses inventados pelos efémeros habitantes mostram-se complacentes quando se invocam, mas declararam que não são intervencionistas.

A sua neutralidade é absoluta e ouvem as preces como quem ouve chover e não dá ordens concretas ás nuvens.




Visto que este lugar deixa muito a desejar para uma altíssima percentagem dos seus inquilinos, parece que o futuro está para além ou mais acima do tecto das águias.


Sempre se reprovou as grandes potências, que são as únicas que se podem meter nestes gastos, o esbanjamento que supõe a conquista do espaço.



Enviar uma bandeira à Lua ou uma cadela chamada "Laika" custa um dinheirão, mas talvez exista a intuição colectiva de que chegará um momento em que não seja possível a vida aqui em baixo.


Alguns teólogos e outros escritores de ciência-ficção, já o tinham previsto.



Será necessário acondicionar outros planetas, como nos relatos de Ray Bradbury.


Os construtores, que já não estão a passar pelo seu melhor momento, depois de largas épocas de esplendor abusivo, serão os primeiros a acompanhar os astronautas.



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terça-feira, 28 de outubro de 2008

- A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero ! (Jean Jacques Rousseau, 1712-1778, filósofo humanista, escritor e compositor suiço. Influenciou a revolução francesa, com a sua filosofia política).

ECONOMIZAR economizar ! ! !

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Está-nos a sair caríssimo socorrer os ricos.

As obras de caridade com os bancos diminuem ostensivamente as obras públicas.

Os distintos governos, que nunca são tão diferentes, tramam uma "refundação do capitalismo".

Nós portugueses já temos uma ideia aproximada do que consiste a operação: cada vez há menos gente que come camarões e mais que partem para as vindimas em Espanha e França.

Nós que também não sabemos muito de economia sempre contamos com dados certeiros: a crise restringiu os gastos da compra e aumentou o tempo que passamos diante dos televisores.

Faz-nos falta sermos uns "experts" em sociologia, desses que não sabem o que se vai passar na sociedade até que ocorra, para se darem conta do que se está a passar.

Temos que nos acostumar a viver com menos.

Já sabemos que há uma boa vida - peço que não confundam com vida boa - mas que é cara.

Também há outra que é mais barata, mas na opinião de muitos não é vida.



O que se irá passar quando os Governos se cansarem de injectar milhões de euros para manter a bagunça do antigo embuste?

O dinheiro acaba, mas o embuste deve continuar.

O chamado "capitalismo de Estado" de Gordon Brown, desperta muitas adormecidas esperanças, mas sobretudo entre os capitalistas.

Como será a nova arquitectura financeira mundial?

A maioria de nós conformamo-nos com que, os escombros da actual, não nos caiem em cima.

Estamos em vésperas de grandes mudanças, mas desditosamente, a alguns, não nos vai dar tempo a presenciá-las.

Por outro lado, que é o lado que nos calha, tende a dar-se um mal-entendido que confunde a palavra mudança, com melhoria.

Não é certo.

Há muitas coisas que mudam para pior.

O contrário do mau, nem sempre é o bom, como insistem em proclamar os nossos políticos.

Pode ser "mais mau" do que antes.


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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

- Nada é bastante para quem considere pouco o que é suficiente ! (Epicuro, filósofo grego, 341-270 a.C.)

PODERES NEFASTOS

Recomendavam os meus difusos antepassados árabes - peço-vos que não os confundam com os que povoaram os territórios do sul, ou com os que vendem relógios digitais pelas praias - que soubéssemos ter a boca fechada e calada, se não tivéssemos algo que se pudesse dizer, que melhorasse o silêncio.

As paredes impávidas não só ouvem, como contam.

Como se pode ser tão tonto para acreditar que os microfones se calaram?

Se falham as caixas automáticas, os tratados, as relações internacionais, incluso as "cacholas geniais", mas esses artigos continuam a funcionar sempre.

Registam tudo, promessas não cumpridas, incluso a necessidade de registar a propriedade.

Até registam, vejam lá, o snr. Luís Filipe MeneZes, médico, que já foi o que agora quer ser à socapa, como qualquer bicho canino que nos morde nos calcanhares.

Pela boca morre o peixe mais tonto e estúpido do anedotário português de políticos.

Que ninguém procure desculpas, nem chame descuido ao microfone encerrado, ás páginas mal escritas dum qualquer folheto e ao cérebro aberto.



O snr. MeneZes que fugiu, nem tempo teve de cantar a cegarrega que todos os intelectuais que não sabem fazer mais nada, apregoam em canto.


Naturalmente que os actos e as palavras são mais aborrecidos, quanto mais solenes o pretendente pretende que sejam.

Pelo ecoar das suas palavras, para ele, deveria durar menos o reinado de Manuela Ferreira Leite, do mesmo modo que um orgasmo deveria durar mais.

O tempo que é o nosso alimento, está mal graduado.

Oxalá fossem mais breves os trajectos em elevadores com desconhecidos e mais longas as subidas pelas escadas, está claro que o são mais emocionantes os encontros de amor.

Mas as coisas são, como são e não se deve ofender, depois de ter andado lá pelos cumes da casa, quem tem a linhagem mais sacrificada e é a mais leal e mais decisiva, que os aborígenes iguais ao snr. MeneZes, médico, têm.


Talvez fosse melhor ir tratar-se, ser MeneZes, médico.

As suas palavras são muito torpes e muito obcecadas, desculpem a redundância e têm que ser os que crêem que um senhor assim os poderia subjugar nas próximas eleições.

Que esfreguem as mãos pecadoras os que aspiram a substituir quem está neste momento.

Atraiçoá-lo-ão, como ele atraiçoou e atraiçoa o seu subconsciente.